Civilização Egípcia
- Pensadores256
- 20 de mar. de 2019
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Atualizado: 10 de abr. de 2019
O Egito Antigo foi construído as margens do rio Nilo, como uma civilização hidráulica, o que fez com que fosse possível o desenvolvimento da agricultura naquela região. Com a agricultura, possibilitou-se o surgimento de pequenas comunidades, denominadas nomos, que após processos de centralização política, surgiram então dois reinos, o Baixo Egito, ao norte e o Alto Egito, ao sul.
Com o passar do tempo, com o crescimento da população fez com que esses reinos acabassem se fundindo, o que deu então a origem de uma monarquia teocrática, ou seja, governada por deus, que no caso era o faraó.
O Antigo Império (3200-2300 a.C.)
Neste período houve a descentralização política, os reinos tinham nomos extremamente independentes, governado pelos nomarcas, que reportavam ao seu faraó, mas tinham determinada autonomia política.
O desenvolvimento da agricultura nesse período é muito alto, novas tecnologias são implantadas
Grandes construções também aparecem durante o antigo império, as mais famosas, as pirâmides, que foram construídas a partir de uma mão de obra coletiva, da população, regime conhecido como regime de servidão coletiva
Médio império (2000-1580 a.C.)
Os nomarcas perdem seu poder e então começa um período de centralização política
E também um forte desenvolvimento cultural, as artes, a medicina e a arquitetura deram uma impulsionada no médio império
Alto Império (1580-525 a.C.)
Este período é marcado por fortalecimento militar, a expansão territorial e a retomada das grandes construções, além de novas também utilizando a servidão coletiva
Decadência do Império
Faraós e sacerdotes começam a brigar pelo poder político, o exercito formado por mercenários entram em desorganização e o fortalecimento dos impérios vizinhos que então tomam o território dos egípcios em 525 a.C.
Criação do mundo segundo a teoria de Heliópolis:
A criação do mundo faz-se através do seguinte modo: no princípio era o caos, Nun, existia um oceano primordial dentro do qual se ocultava Atum, escondido num botão de lótus. Ele vai aparecer sobre o caos numa espécie que era Rá, o sol, e cria dois filhos: Shu (deus do ar) e Tefnet (deus da humidade), que por sua vez fazem nascer a Geb (deus da terra) e Nut (deusa do céu). Por sua vez estes dão á luz a Osíris, Seth, Isis e Neftis.
Osíris, Isis e o seu filho Hórus constituíram a chamada primeira trindade. Osíris é morto por Seth, mas Ísis opôs-se á catástrofe e ressuscitou Osíris através de 3 métodos fundamentais: magia, mumificação e a milagrosa fecundação. Esta trindade é uma Enéade ou nonada. Cada nomo quis ter a sua própria nonada e faziam-no, introduzindo no mito de Osíris o deus local em substituição ou acréscimo e tomando para si outros dois.
Criação do mundo segundo a teoria de Mênfis:
Ptah era, segundo a cosmologia menfita, a fonte de toda a criação. A ele é atribuído o papel de fundador da ordem política do Egipto. Daí a que esteja sempre ligado á realeza e sempre assistia ás coroações, e aos festivais-sed.
Ptah é geralmente representado como um homem mumificado, de cabeça rapada e barba pontiaguda. Em menfis é o deus criador da ordem cósmica, o deus da terra. E a força vital do sol. Já no império novo o encontramos como parte de uma tríade divina: amon-ré-ptah.
Segundo o modelo de criação menfita, o homem coloca-se entre o conhecimento-sai e realização-um. Segundo a sabedoria egípcia, o coração é a fonte de tudo, de todo o conhecimento. Sia apresenta a compreensão e a inteligência e o Hu exprime a potencialidade do verbo, personificado num determinado sujeito. Ptah concebeu no seu coração o cosmos nas suas diversas manifestações e a língua realizou aquilo que o coração pensou. Assim, a criação é apresentada como um ato de pensamento e de expressão verbal. Da boca de Ptah saiu o controlo sobre o mundo e os homens.
Criação do mundo segundo a teoria de Amarna:
Um outro modelo de criação parece ser visível na teologia amarniana. Foi divulgada pelo seu maior profeta, Aquenaton, e apresenta um caracter monoteísta, vincando bem a personalidade do deus Aton, um deus-império cuja representação é o disco-solar emitindo longos raios terminados em mãos. Estas mãos oferecem vida e vitalidade ao casal solar Aquenaton e Nefertiti. Aton é um deus único, exclusivo, ecuménico, protegendo, de igual modo, todas as etnias. É apresentado como o único deus criador da humanidade tendo as suas próprias escolas sacerdotais.
Aquenaton rompeu com a tradição enraizada no espirito egípcio e com toda a maneira de pensar egípcia. Os diversos deuses-império até aí apresentados, todos se diziam soberanos do Egipto e, nas épocas de conquista pretendiam “subjugar povos conquistadores”. Mas nenhum deles se apresentara como criador de todas as coisas, indiferentemente das zonas e etnias.

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